Liderança, cultura e resultados: a jornada ousada da Sensedia com inteligência artificial
Na Sensedia, a adoção de IA não veio de comitês ou manuais de governança — nasceu do desejo dos próprios colaboradores de experimentar. Nesta entrevista com Juliana Labanca, exploramos como a cultura de “apaixone-se pelo problema, não pela ideia” transformou hype em resultados concretos

September 15, 2025
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Nos últimos anos, a Inteligência Artificial deixou de ser apenas um tema de conferências para se tornar pauta de conselhos e diretoria em empresas de todos os setores. Mas, entre o hype e a prática, há um abismo. Conversamos com Juliana Labanca, líder de People Development da Sensedia, para entender como a empresa tem lidado com os desafios de adoção de IA — do impacto cultural até os ganhos reais em eficiência.
1. O início: do hype ao uso prático
A adoção da IA na Sensedia não nasceu de um plano estruturado, mas sim do movimento natural dos colaboradores diante do boom do ChatGPT. Juliana relembra:
“Todo mundo queria usar o GPT, mas a gente já falava, como empresa de tecnologia, da IA aplicada ao produto. No RH, acho que foi realmente quando o GPT explodiu.”
Sem políticas definidas no começo, muitos funcionários passaram a pagar do próprio bolso para experimentar a ferramenta. Juliana foi uma delas:
“Eu paguei o GPT, pago até hoje, e comecei a explorar. Para mim, foi fundamental para organizar insights, estruturar planos de ação e até estudar temas novos, como diversidade, que não estavam no meu radar quando voltei da licença maternidade.”
Esse movimento bottom-up, vindo dos próprios colaboradores, expôs a urgência de discutir segurança da informação e definir diretrizes mais claras.
2. Governança ou experimentação?
Se muitas empresas criaram comitês de governança para controlar a adoção de IA, a Sensedia optou por um caminho diferente: a experimentação.
“A gente não tem muito esse negócio de ‘essa ideia precisa dar certo’. Minha gestora sempre fala: a gente não pode se apaixonar pela ideia, a gente tem que se apaixonar pelo problema.”
Essa mentalidade provocadora contrasta com a rigidez de outras organizações. Enquanto alguns veem risco em deixar cada área decidir, Juliana defende que a confiança no nível sênior da equipe garante foco:
“Eu confio que os nossos líderes conseguem realmente colocar esforço onde precisa ser colocado. Não acho que estamos gerando desperdício.”
A consequência é um ambiente de liberdade controlada, onde projetos surgem de forma orgânica e são rapidamente testados.
3. Aplicações reais e ganhos de eficiência
Quando perguntada sobre resultados concretos, Juliana trouxe exemplos práticos que vão muito além do discurso:
Certificados automatizados:
“Era um processo super manual. Combinamos um desenvolvedor com o meu time e, usando uma IA, passamos a gerar em segundos o que antes levava horas.”Preparação para o GPTW (Great Place to Work):
“Jogamos milhares de páginas dentro do GPT para revisar e organizar os books de práticas. Reduzimos 60 horas de trabalho.”
Esses ganhos não vieram de áreas técnicas, mas justamente do backoffice e do RH — setores que, segundo ela, ainda estão em nível 1 ou 2 de maturidade na adoção de IA. É o contraste perfeito: enquanto os times de produto já operam com agentes proativos, o RH mostra que também pode colher eficiência rapidamente.
4. Liderança e desenvolvimento com IA
Um dos usos mais ousados está no PDI (Plano de Desenvolvimento Individual). A Sensedia estruturou competências por nível e orientou líderes a subir conteúdos no GPT e no Gemini junto com feedbacks de desempenho.
“A inteligência artificial trouxe sugestões para o PDI. Algumas super conectadas, outras com alucinações, mas que geraram discussões riquíssimas.”
Além disso, a empresa participa de mentorias quinzenais com especialistas externos para lapidar o uso de prompts e transformar a IA em aliada da gestão de pessoas. O recado é claro: não basta usar por usar, é preciso integrar o aprendizado às rotinas de liderança.
5. Cultura: engajamento sem resistência
Enquanto muitas empresas relatam resistência dos times, especialmente técnicos, a experiência na Sensedia foi oposta:
“As nossas pessoas são super engajadas. A galera queria licença do GPT, do Gemini, de qualquer coisa. Tanto que começaram a pagar por fora.”
Esse apetite por experimentação reflete a cultura da empresa, onde autonomia e curiosidade são valorizadas. Mas Juliana faz uma provocação: não adianta romantizar o uso de IA se não houver mentalidade de melhoria contínua.
“Eu falo no meu time: para trabalhar comigo vocês precisam querer sempre melhorar, senão não vai dar certo.”
6. ROI, Copilot e o futuro do trabalho
No campo de produto, a Sensedia já colhe retornos financeiros claros com o Copilot, lançado em 2023 dentro da plataforma de gerenciamento de APIs. Juliana não abre números, mas garante que os pilotos com clientes geraram ROI imediato.
Internamente, ainda não houve cortes ou congelamento de vagas por causa da IA — algo que a diferencia de outras empresas entrevistadas.
“As mudanças que tivemos de estrutura foram por outros motivos, não por conta da IA. A nossa solução é complexa e exige times muito seniores.”
7. O que vem pela frente
Para Juliana, o próximo passo é estruturar programas de desenvolvimento de liderança com foco em IA. Hackathons e workshops já testados no passado devem voltar com força, mas agora alinhados ao objetivo maior da empresa:
“A gente tem um grande objetivo que é a construção do futuro, onde inovação está no centro. E a IA é peça-chave nesse caminho.”
Conclusão
A entrevista com Juliana Labanca expõe um contraste entre discurso e prática no mercado. Enquanto muitas empresas ainda patinam em pilotos sem ROI, a Sensedia mostra que experimentação orientada por problemas reais gera resultados rápidos. Mais do que tecnologia, o diferencial está na cultura:
Não se apaixonar pela ideia, mas pelo problema.
Confiar na autonomia de líderes seniores.
Enxergar IA como ferramenta para liberar tempo, não cortar pessoas.
No fim, a provocação que fica é simples: sua empresa está presa no hype ou pronta para transformar experimentos em ROI real?
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