Como a Rocketseat está aplicando IA no RH além do hype

Como a Rocketseat transformou a inteligência artificial em aliada estratégica do RH? Nesta entrevista exclusiva, Carol Filiage revela como a empresa saiu do discurso e criou iniciativas práticas — de workshops a um hackathon interno — que já estão mudando rotinas e entregando resultados reais.

Raphael Rosa

September 12, 2025

Dados e tendências

A inteligência artificial deixou de ser apenas um tema de conferência ou manchete de jornal para se tornar pauta diária dentro das empresas. Mas como a IA realmente transforma rotinas de trabalho? Quais os desafios para engajar equipes e gerar resultados concretos?

Para responder a essas perguntas, conversamos com Carol Filiage, Head de RH da Rocketseat, que compartilhou como a empresa vem adotando IA em sua cultura, processos e estratégia.


O ponto de partida

Segundo Carol, o tema não começou pelo RH, mas pelo coração da Rocketseat: a educação em tecnologia. Primeiro, a IA foi incorporada como trilha de aprendizado para desenvolvedores. Isso despertou a curiosidade de colaboradores de outras áreas — marketing, design, desenvolvimento — que começaram a testar por conta própria.

Em 2025, a empresa criou a unidade de negócios Rocketseat IA, voltada para qualquer profissional, não apenas desenvolvedores. O movimento acelerou a necessidade de trazer o assunto para dentro da casa: “O que falamos para fora, precisamos praticar dentro”, explica Carol.


Da conscientização à prática

O primeiro passo foi um workshop de segurança da informação, para alinhar riscos e boas práticas no uso de ferramentas. A decisão estratégica foi priorizar o uso do Google Gemini em vez de ferramentas abertas como ChatGPT, garantindo mais segurança para dados sensíveis.

Depois, a Rocketseat promoveu:

  • Webinar interno com educadores e Head de Tecnologia, mostrando usos práticos da IA em rotinas simples.

  • Cursos internos de IA na própria plataforma, cobrindo desde prompt engineering até casos de aplicação.


O Hackathon que virou a chave

O grande marco foi o Hackathon interno, com mais de 80 colaboradores, misturando times multidisciplinares. O objetivo não era inovação futurista, mas eficiência operacional: encontrar tarefas repetitivas que pudessem ser automatizadas.

Entre os projetos vencedores:

  • Automação de cobrança financeira, antes manual e desgastante.

  • Ferramenta própria de correção de desafios dos alunos, reduzindo dependência de fornecedores externos.

“Não era para apresentar ideias, era para entregar algo funcionando. E saíram soluções que já estão estudadas para implementação”, conta Carol.


Desafios e próximos passos

Apesar dos avanços, Carol ressalta a importância de manter o tema vivo na rotina. A preocupação é garantir que a IA não seja apenas lembrada em eventos pontuais, mas aplicada de forma contínua, com apoio das lideranças e incentivo à troca de boas práticas entre times.

“A IA hoje é como foi o Excel no passado: todo mundo precisa dominar, independentemente da área.”, reforça Carol.

O próximo passo da Rocketseat é medir ROI e indicadores claros das iniciativas, além de criar momentos em que colaboradores compartilhem casos reais de como a IA já mudou suas rotinas.


Conclusão

O case da Rocketseat mostra que adoção de IA vai muito além de ferramentas: envolve cultura, segurança, aprendizado contínuo e liderança ativa. O hackathon foi um exemplo de como a empresa conseguiu transformar curiosidade em soluções práticas.

“Não basta falar uma vez. É repetição, acompanhamento e feedback. A IA não é mais do futuro, é do presente.” — Carol Filiage


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